No jornal da Globo de 15/11, o presidente de um conselho
de pesquisa disse o seguinte:
"São todos temas de pesquisa na qual a solução está diante de nosso olhos."
Mais uma vez o problema é o mau uso do pronome
relativo que compromete a coesão da sentença. Nesse caso, o autor da frase
deveria ter usado o cuja e não o na qual, porque este faz
referência ao termo antecedente, e aquele faz referência ao termo consequente,
ou seja, ao termo que vem imediatamente depois dele. Como esses dois pronomes
relativos são excludentes, quando se usa um, não se pode usar o outro.
O cujo (ou cuja) deve ser usado sempre
que houver uma ideia de posse. No exemplo, há essa ideia de posse, pois a
sentença se refere à solução da pesquisa. A preposição da
indica o possuidor (da pesquisa) e a coisa possída (solução).
Além de indicar
posse, o cujo precisa ter antecedente e consequente diferentes e jamais
deve ser seguido de artigo definido (o(s), a(s)), porque já traz esse artigo (cujo,
cuja) dentro de si.
Um abraço e até a próxima.
Sandra Helena
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