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domingo, 5 de janeiro de 2014

Você consultaria uma “vidênte”?



Sempre digo aos meus alunos que saber as regras de acentuação gráfica é absolutamente essencial para não cometer erros de ortografia. Aliás, como a ortografia das palavras é a primeira coisa que se aprende na escola, os erros de ortografia estão entre os mais crassos dos que se podem cometer. Mesmo que a pessoa esteja escrevendo uma determinada palavra pela primeira vez, se souber a pronúncia correta dessa palavra e tiver conhecimento das regras de acentuação, saberá perfeitamente se ela deverá ou não ser acentuada e, caso deva, onde deverá recair e que tipo de acento deverá ser usado.


Esta faixa, por exemplo, espalhada por vários pontos da cidade, apresenta um erro grosseiro de acentuação. 

 

“Vidente” não tem acento de espécie alguma, porque é uma palavra paroxítona terminada em E, e as paroxítonas terminadas em E não devem ser acentuadas. Para quem não se lembra, paroxítona é a palavra cuja sílaba tônica (forte) é a penúltima: vi-DEN-te. A tonicidade deve ser considerada de trás para frente, ou seja, do final para o início da palavra.

É bom lembrar que as regras de acentuação são excluentes entre si, ou seja, se há uma regra segundo a qual as oxítonas (pajé) e os monossílabos tônicos terminados em E (pé) devem ser acentuados, essa mesma regra não poderá ser aplicada às paroxítonas com a mesma terminação.

O Acordo Ortográfico, em vigor desde 1º de janeiro de 2009, praticamente não mexeu nas regras de acentuação. Com exceção das paroxítonas com hiato precedido de ditongo (baiuca) e das paroxítonas com os ditongos abertos EI e OI (“assembleia” e “jiboia”), que deixaram de ser acentuadas, e da maioria dos acentos diferenciais, que deixou de existir (exceto em pôr, têm, vêm e pôde), a acentuação gráfica dos monossílabos tônicos, dos hiatos diferentes de EE e OO (caso de “leem” e “voo”), das oxítonas e das proparoxítonas não foi alterada. É bom lembrar também que o trema, suprimido pelo Acordo, não é acento, mas sim sinal diacrítico!

Portanto, se você não deseja passar pelo vexame de acentuar erroneamente as palavras, memorize as regras! Além de evitar erros ortográficos, a memorização, tão injustamente amaldiçoada por alguns professores, ampliará a capacidade mnemônica de seu cérebro.

Um abraço e até a próxima!
Sandra Helena