O verbo haver é impessoal em duas
situações: quando indica passado e pode ser substituído por faz (Moro em
São Paulo há vinte e quatro anos); quando é sinônimo de existir, suceder
e fazer (Havia milhares de pessoas na passeata) e deve ser usado apenas
na terceira pessoa do singular. Mas atenção: o fato de não pluralizar quando se
referir a passado ou for sinônimo de existir não significa que não possa ser
flexionado em todos os tempos verbais, desde que esteja na terceira pessoa do
singular: houve casos, havia casos, haverá casos, se houvesse casos
etc.
Nas locuções verbais formadas por um verbo
auxiliar + haver, com sentido de existir, a regra se mantém, pois o haver
“contamina” com sua impessoalidade o verbo auxiliar que o antecede.
Vale ressaltar que o verbo haver só é
pessoal e concorda com o sujeito da oração quando equivale a ter: Os
ladrões ainda não haviam sido capturados pela polícia (Os ladrões ainda
não tinham sido capturados pela polícia).
Um abraço e até a próxima.
Sandra Helena