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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

“Rapazes sem banheiro”?



Um colega viu uma placa com os seguintes dizeres:

"Aluga-se quartos para rapazes sem banheiro”.

Temos aí dois problemas: a falta de concordância e a ambiguidade. Aliás, é justamente a ambiguidade que a torna tão divertida. Rapazes sem banheiro?

Essa oração está na voz passiva sintética. A voz passiva pode apresentar-se na forma analítica ou sintética. Colocando essa oração na voz passiva analítica, temos:

Quartos são alugados para rapazes.

Nessa oração, o sujeito é quartos. O que são alugados? Quartos. Para rapazes é o objeto indireto. São alugados para quem? Para rapazes.

Para transformarmos a voz passiva analítica na voz passiva sintética, é muito simples: devemos desconsiderar o verbo auxiliar (ser/estar) e acrescentar ao verbo principal o pronome apassivador se. O verbo auxiliar servirá apenas para indicar o tempo/modo (são = presente do indicativo) e o número (são = plural) do verbo principal que constituirá a voz passiva sintética.

Portanto, para corrigirmos a falta de concordância do exemplo, basta colocarmos o verbo no plural, fazendo-o concordar com seu sujeito: Alugam-se quartos que equivale à forma passiva analítica Quartos são alugados.

Já a ambiguidade de rapazes sem banheiro seria perfeitamente evitada com o simples deslocamento da expressão sem banheiro. Se essa expressão vier imediatamente após a palavra quartos, a ambiguidade desaparecerá. Veja: 

Alugam-se quartos sem banheiros para rapazes.

Um abraço e até a próxima.

Sandra Helena